Teses e dissertações
Práticas de História da Arte com deficientes visuais: contribuições do Design para o ensinoaprendizagem em contextos inclusivos
Aluno: Rafael Rizzaro
Orientação: Bianca Martins
Coorientação: Barbara Necyk
Natureza: Dissertação
Situação: Concluída
No esforço de investigar os usos do pensamento projetual e potencialidades do Design na implementação de situações didáticas para a educação inclusiva, a pesquisa de mestrado com título provisório: “Práticas de História da Arte com deficientes visuais: contribuições do Design para o ensinoaprendizagem em contextos inclusivos” tem como objetivo imergir no contexto da educação inclusiva e propor práticas colaborativas entre designer, alunos e docentes como forma de investigar e discutir em que medida as competências do design podem contribuir para o ensino/aprendizagem nas aulas de História da Arte do Instituto Benjamin Constant. A pesquisa, sob orientação da professora Bianca Martins e coorientação da professora Barbara Necyk, está em andamento e é desenvolvida por Rafael Rizzaro, que tem feito incursões ao Instituto e vem investigando situações didáticas, práticas educativas e tecnologias que favoreçam o desenvolvimento do pensamento artístico de pessoas com deficiência visual.
Desenho e percurso: reflexão sobre a metodologia como vivência em uma oficina de desenho
Aluno: Leonardo Oliveira Sidaoli
Orientação: Ricardo Artur Pereira Carvalho
natureza: Dissertação
Situação: Em andamento
A pesquisa se centra em entender como se processa o desenho na trajetória educacional dos indivíduos, tão logo ocorre o desaparecimento do desenho do cotidiano acadêmico. A investigação orienta-se através da inferência em que há um desaparecimento estrutural do ensino do desenho na trajetória escolar a medida em que somos imersos na linguagem verbal e tão logo estamos plenamente familiarizados com ela — a leitura e a escrita — percebemos o desenho como algo de caráter secundário e quase irrelevante no cenário de estudos que compõe o trajeto escolar enquanto construção pedagógica. O campo de investigação é uma oficina de desenho e pintura localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro, onde a relação entre trabalho, trajetória de vida, design e desenho se misturam, se caracterizando em uma dança epistemológica entre vida profissional, vida pessoal e vida acadêmica. O espaço de pesquisa é o plano central e de fundo, onde o pesquisador — também estudante da oficina — reflete através da sua experiência consigo e com os demais, como se configuram os aspectos educacionais e processuais do desenho e do design na vida dos estudantes deste espaço e na sua própria.
Esdi de cota: de onde vem o seu design?
Aluna: Imaíra Portela
Orientação: Ricardo Artur Pereira Carvalho
Natureza: Tese
Situação: Em andamento
Muitas podem ser as interlocuções entre design e educação: a partir do ensino de design; pensando o design enquanto ferramenta para auxiliar na educação; a educação para um pensamento projetivo; a educação do gosto; métodos de design participativo como modo de estimular a participação dos cidadãos nas tomadas de decisão em projeto. Em via adjacente, pode-se pensar o design e a autoria para contar uma história, uma experiência cotidiana, um conhecimento ancestral, uma trajetória de vida, a conquista de outros espaços, criar ruído no discurso oficial do que é design e de como se faz design hegemonicamente. O projeto “Esdi de cota: de onde vem o seu design?" é realizado pela pesquisadora Imaíra Portela desde 2018 na Escola de Design Industrial do Rio de Janeiro (ESDI). Desde 2003, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde está localizada a ESDI, aderiu ao sistema de cotas raciais, com o objetivo de corrigir a desigualdade no acesso ao ensino superior no Brasil. Esta nova realidade moldou mudanças no perfil comunitário da ESDI, levando à necessidade de investigar as formas como estes estudantes veem a si próprios face aos padrões estabelecidos pela tradição modernista do design. A presente pesquisa pretende desenvolver um mapeamento sobre a origem dos alunos cotistas da ESDI/UERJ, seus interesses e expectativas para a entrada no curso, acompanhando a sua trajetória no Ensino Superior. Também é de interesse investigar a maneira com que o conhecimento adquirido na academia se conjuga com o repertório de experiências desses estudantes, de que forma as narrativas sobre cultura, identidade, representatividade e pertencimento aparecem durante sua trajetória no curso de design. A investigação também incorre sobre o ensino de design, nas alternativas operadas ou não para corresponder formal e sensivelmente às particularidades destes estudantes.
Design e educação política: reflexões para uma práxis do design
Autora: Bibiana Oliveira Serpa
Orientação: Zoy Anastassakis
Coorientação: Ricardo Artur Pereira Carvalho
Natureza: Tese
Situação: Em andamento
O objetivo da pesquisa é refletir sobre questões conceituais e práticas do processo de aprendizado de projeto no design que possam ser mobilizadas para engajamento político-crítico. Buscando construir conhecimentos situados, habito a pesquisa como observadora participante e realizo experimentos de design, a fim de compreender como processos de politização acontecem em ambientes de educação crítica, especificamente popular e feminista. A partir desta vivência somada à interpretação do design ontológico, busco refletir sobre as prováveis interseções e proponho realizar outros experimentos que possam provocar entendimentos sobre uma possível politização do processo de aprendizado de projeto no design.
A extensão universitária na Escola Superior de Desenho Industrial - ESDI/UERJ: contribuições para sua integralização
Autor: Victor Hugo Batista da Silba
Orientação: Barbara Szaniecki
Coorientação: Bianca Martins
Natureza: Dissertação
Situação: Concluída
Pensar o design como uma prática de projeto que vai além de uma especialidade profissional nos dá a oportunidade de entendê-lo como um atributo ontológico da espécie humana. Partindo desta perspectiva, acredita-se que ele deveria ser a base para qualquer projeto pedagógico que busque a construção de um pensamento crítico e construtivo frente aos acontecimentos da cultura material e da vida cotidiana. Arte e artesanato fazem parte do currículo das escolas norueguesas desde a década de 1960. No século XXI, arquitetura, design e comunicação visual emergiram nessas escolas e se tornaram ferramentas essenciais para que os alunos do ensino básico se tornassem mais criativos na busca por soluções de problemas do cotidianos individual e coletivo (2003). Nas escolas brasileiras, a disseminação do pensamento projetual durante o Ensino Fundamental e Médio, quando acontece, ainda é feita de maneira tímida ou até mesmo pouco estruturada. Os modos como o design estuda o pensamento e a atitude de projeto configuram-se como um certo tipo de inteligência cognitiva que estimula a produção subjetiva e o raciocínio. Pesquisar a extensão universitária no Programa de Pós-graduação em Design da ESDI – PPDESDI possibilita documentar o esforço que a Escola Superior de Desenho Industrial – ESDI/UERJ tem feito para levar este pensamento para além do seu próprio corpo discente. Neste trecho, tomaremos como referência apenas os projetos de extensão desenvolvidos no curso de graduação em design e aqueles que tem em seu escopo a busca por estreitar as relações com outras instituições de ensino.